Será que é só Timidez mesmo?
- Vanessa Moraes

- 7 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de fev.
Você já se deparou com uma criança que é brincalhona, divertida e falante em várias situações, mas em situações ou com pessoas específicas, dá o piriri, mas ela não se comunica? Você até já pensou que ela faz isso por pirraça, por birra e não sabe como fazer ela falar?
Você pode até ter achado engraçadinho quando ela era criança, mas agora que tornou um adolescente, você não entende porque continua travando mediante alguns fatos, então pode estar rotulando erroneamente este adolescente como sendo uma pessoa tímida, desinteressada ou até mesmo desobediente.
Poucos conhecem, mas essa timidez específica pode estar mascarando um transtorno de Ansiedade muito peculiar chamado Mutismo seletivo.

Este transtorno afeta principalmente crianças na idade escolar, mas quando não percebido e tratado ainda na infância, pode ser levado para a adolescência e até mesmo vida adulta.
As pessoas com mutismo seletivo são capazes de falar e se comunicar normalmente em ambientes familiares e com pessoas próximas, mas apresentam uma tendência extrema ao falar em certas situações sociais, como na escola ou em locais públicos. O mutismo seletivo pode ter consequências significativas, tanto na vida acadêmica como profissional e socialmente. O silêncio constante pode levar ao isolamento, dificuldades de aprendizado, baixa autoestima e problemas de relacionamento com os colegas. Identificar o mutismo seletivo pode ser um desafio, pois muitas vezes é confundido com timidez extrema ou problemas de fala. No entanto, existem alguns sinais que podem indicar a presença desse transtorno. Além da permanência ao falar em determinadas situações, a pessoa pode apresentar comportamentos como evitar o contato visual, evitar sociais reflexivos, expressar-se apenas por meio de gestos ou olhares, ou demonstrar ansiedade intensa em situações sociais. É importante que os pais e educadores estejam atentos a esses sinais e busquem ajuda especializada para uma avaliação adequada. Um diagnóstico precoce pode ser fundamental para iniciar o tratamento e minimizar as consequências do mutismo seletivo. O tratamento do mutismo seletivo envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir psicoterapia, terapia ocupacional e, em alguns casos, uso de medicamentos para controlar a ansiedade. O objetivo principal do tratamento é ajudar a criança ou o adolescente a superar o medo e a ansiedade associada a situações de fala, fornecendo-lhe ferramentas e estratégias para se expressar de forma adequada. A terapia comportamental é uma das abordagens mais comuns para o tratamento do mutismo seletivo. Ela pode envolver técnicas de dessensibilização gradual, nas quais a pessoa é exposta gradualmente a situações de fala, começando por ambientes seguros e confortáveis. Além do tratamento profissional, é fundamental que os pais e cuidadores suportem e compreendam a criança ou adolescente com mutismo seletivo. É importante criar um ambiente seguro e acolhedor para que a criança ou adolescente sinta-se confortável em expressar suas emoções e pensamentos. Estabelecer uma parceria com a escola também é essencial para adaptar o ambiente educacional e promover uma inclusão adequada.
Em resumo, o mutismo seletivo é um transtorno de ansiedade que afeta a capacidade de fala em determinadas situações sociais. Identificar precocemente e buscar o tratamento adequado são passos fundamentais para ajudar a criança ou adolesecnte a superar os desafios associados a esse transtorno. Com apoio, compreensão e intervenção adequada, é possível promover a comunicação e o desenvolvimento saudável. Eu posso auxiliar você ou seu filho adolescente à superar este desafio! Entre em contato para realizar uma conversa inicial. Terei o maior prazer em te explicar como funciona a Psicoterapia.
Vanessa Moraes
Psicóloga| CRP 02/13992


