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Lidando com o Luto: Entendendo suas fases e aliviando a dor com a Terapia Cognitivo-Comportamental

  • Foto do escritor: Vanessa Moraes
    Vanessa Moraes
  • 5 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de fev.

O luto é uma experiência universal, mas muitas vezes mal compreendida. Quando enfrentamos a perda de algo ou alguém muito estimado, podemos passar por uma jornada emocional que pode ser esmagadora. Neste artigo, exploraremos o que é o luto, suas fases e como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ser uma ferramenta eficaz para ajudar a aliviar esta dor.


laço preto representando luto

O que é o Luto?

O luto é uma ocorrência emocional à perda de algo significativo em nossas vidas, geralmente associada à morte de uma pessoa querida, mas também pode se aplicar a outras perdas, como à morte de um animal de estimação, o fim de um relacionamento, perda de benefícios, perda de emprego ou uma mudança drástica na saúde. É uma experiência profundamente pessoal e, embora seja universal, cada indivíduo vivencia este processo de maneira única.


As Fases do Luto:

O modelo das cinco fases do luto, proposto por John bowlby (1990), é extremamente reconhecido. Estas fases incluem:

  1. Entorpecimento: A primeira ocorrência é de choque e negação. É difícil acreditar que a perda realmente aconteceu.

  2. Anseio: Esta fase é marcada pelo desejo de recuperar o que foi perdido. Há buscas frequentes e espera pela aparição do falecido/ anseio por reatar o relacionamento/ esperança de voltar ao emprego. O enlutado passa a ter sonhos com a situação e muita inquietação.

  3. Desorganização e desespero: A negação dá lugar à raiva. As pessoas sentem raiva da pessoa falecida, do destino, de Deus ou podem até de si mesmas pela incapacidade de fazer algo.

  4. Negociação: Nesta fase, tentamos fazer acordos para reverter a perda, mesmo que seja impossível. Isso pode envolver orações, promessas ou pedidos de uma segunda chance.

  5. Reorganização: Esta é a fase final, em que a pessoa começa a aceitar a realidade da perda. Isso não significa que a dor desapareça, mas ela se torna mais gerenciável. Embora com a saudade presente, e ainda se adaptando às modificações causadas pela perda, a pessoa consegue retomar suas atividades.


É importante falar que estas fases não acontecem linearmente; pode haver processos de altos e baixos, avanções e regressões, pois as particularidades de cada indivíduo e o nível de apego ao ente/ situação perdida interferem bastante no processo.


Quando procurar ajuda?

Mãos unidas para acolhimento

Consideramos o final do luto de fato, após a pessoa retormar suas atividades rotineiras e quando esta reaprende a investir em novos vínculos e projetos.

Mas há pessoas que tem bastante dificuldade à reconstruir novos vínculos; o medo e preocupações a impedem de retomar sua vida e também há pessoas que vivenciam sentimentos de tristeza constante. Neste caso, o ideal é buscar ajuda profissional para que o luto não traga repercussões negativas na vida do enlutado.


A Terapia Cognitivo-Comportamental e o Luto:

A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem terapêutica que se concentra em identificar e modificar pensamentos negativos e comportamentos disfuncionais. Ela pode ser especialmente útil para aqueles que estão enfrentando este processo, pois pode auxiliar o enlutado na resolução de conflitos existentes à separação, facilitando a superação das etapas do luto para elaborar a perda; levando sempre em consideração, as vivencias anteriores de cada paciente.

Verifique como a TCC pode ajudar o paciente:


  1. Identificação de Pensamentos Distorcidos: A TCC ajuda os enlutados a refletir e desafiar pensamentos distorcidos que podem intensificar a dor. A terapia auxilia na substituição desses pensamentos por outros mais realistas e construtivos.

  2. Gerenciamento de Sintomas de Depressão e Ansiedade: Muitas pessoas experimentam sintomas de depressão e ansiedade. A TCC ensina estratégias para lidar com esses sintomas, como técnicas de relaxamento e habilidades de enfrentamento.

  3. Estabelecimento de Metas e Rotina: Durante o luto, a rotina diária pode ser interrompida. A TCC ajuda os enlutados a estabelecer metas realistas e a reintroduzir uma estrutura na vida cotidiana, o que pode aliviar a sensação de desamparo.

  4. Suporte Social: A terapia pode ajudar a identificar e buscar apoio social adequado. Conectar-se com outros que passaram por experiências semelhantes pode ser extremamente reconfortante.

Caso você ou alguém querido esteja vivenciando esta fase, agende já uma conversa inicial. Irei te receber com bastante acolhimento e empatia, ouvir a situação e te explicar melhor como funciona o processo terapêutico, conforme sua necessidade.

Vanessa Moraes

Psicóloga| CRP 02/13992

 
 
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